sábado, 25 de dezembro de 2010

RITUAL DA MENARCA

Escrito por JOSÉ LAÉRCIO DO EGITO

Talvez, de todos os objetos mágicos existentes relacionados com a menstruação, o “Útero Ritualístico” (Tema 1.640) seja o mais importante. Ele deve acompanhar a mulher desde a menarca até a menopausa. Sempre existiram os ritos de passagem, entre eles aquele que assinala a primeira menstruação – menarca. Sem dúvida a menarca – primeira menstruação – marca o período mais importante na vida de uma mulher. Há os que diz ser a gestação o mais importante, mas outros opinam o contrário, pois sem menstruação não pode ocorrer a fertilização e, consequentemente, gestação.


ANICIANDA DE HATHOR

O atingir certa idade há necessidade de uma perfeita integração da jovem com a fase de mulher; ela deve então conhecer a relação da nova fase com forças da natureza. Por isso, para assinalar essa passagem, muitos povos desenvolveram ritos para assinalar a ligação entre a infância e a maturidade. Para isso, praticamente cada grupo social teve rituais próprios, não só para assinalar a passagem de fase vital como também para orientar a jovem sobre suas responsabilidades e lhe mostrar que a partir de então ela terá forte influência da Lua; e também que ela poderá ser adotada como filha da Mãe Terra.

Nesta palestra tomamos por base, escritos herméticos de como no Antigo Egito era feito o Ritual de Passagem da Menarca. Era um dos principais rituais dos templos dedicados a Hathor. Hathor era uma deusa egípcia representada por uma vaca, ou por uma mulher com dois chifres sobre a cabeça e entre os quais havia um disco dourado.


IMAGENS DE TEMPLOS DE HATHOR NO ANTIGO EGITO

O culto a Hathor é muito antigo, considere-se que nas primeiras dinastias aquela deusa já era cultuada. Tratava-se de uma deusa polivalente; conhecida como a mãe das mães, a enfermeira celestial que assistia às mulheres no tocante à fertilidade, à fecundidade, às crianças, e ao parto.

O principal objeto mágico fundamental desse ritual é o chamado “Útero ritualístico”, algo que toda mulher ligada à magia deve possuir. Mas, não são somente as “feiticeiras” que devem possuí-lo, é muito importante que depois da menarca toda mulher o tenha.

Quando se vai fazer o ritual de passagem, individualmente ou em grupo, o “Útero Ritualístico” já deve estar pronto. Ele deve haver sido feito pela própria jovem. Quanto mais dedicação, melhores serão os frutos a serem colhidos durante toda a vida. Deve ser elaborado como uma coisa sagrada, com amor, devoção e respeito. Deve decorá-lo artisticamente ao próprio gosto, mas fundamentalmente devem prevalecer motivos em vermelho ligados à terra (elementos) e à Lua.

Todo ritual em que for utilizado o “saquinho” (útero ritualístico) deve ser traçado um circulo mágico que abarque todo o ambiente em que for ser realizado o cerimonial . Todos os participantes devem se localizar dentro de um circulo mágico durante o ritual. Por isso, antes de iniciá-lo deve ser riscado no chão um circulo grande no sentido anti-horário. (movimento deve ser da esquerda para a direita). A necessidade de um círculo mágico é por se tratar de um ritual em que a cor vermelha prevalece, e dizer respeito a sangue, o que está sujeito a ser um atrativo para forças infernais. O ritual ocorrendo dentro de um círculo mágico, evita-se a aproximação de seres nefastos, tudo estará seguro.

Antes da cerimônia o saquinho já deve haver sido “consagrado” pela inicianda. Essa fase consiste: Após o saquinho haver sido confeccionado, de forma solene ele deve ser posto ao contacto com a terra, por no mínimo 24 horas. (Pode ser enterrado na areia, pois na terra comum pode sujá-lo e ser difícil de retirar o resíduo. Na areia isso é mais simples). Outra maneira é colocá-lo debaixo de uma pedra, num lugar discreto para não ser visto pelas pessoas. Assim o saquinho haverá sido consagrado com a mãe terra. Depois ele deve sê pela Luz. Para isso, numa noite de Lua Cheia, deve ser exposto à luz da Lua. Então o “útero ritualístico” está pronto para ser usado. Depois de consagrado, o “saquinho” está pronto para ser usado.

No ritual da menarca (ritual coletivo) o “saquinho” antecipadamente confeccionado deve ser posto em uma bandeja, de preferência numa casca de coco, ou numa pequena esteirinha feita de palha; numa cesta de vime, ou algo assim. No Antigo Egito era usada uma pequena esteira tecida com fibras de papiro do Nilo colhido em noite de Lua Cheia. É importante que se trate de algo o mais natural possível. O ritual requer uma dirigente, que tem a função de sacerdotisa, à qual cabe traçar o circulo mágico e dirigir a cerimônia. O cerimonial tem início com a Sacerdotisa traçando o círculo mágico. Ao fazê-lo ela deve pronunciar em voz alta: Pelo poder da deusa e do deus, pelos guardiões dos quatro quadrantes, eu traço este círculo sagrado. Deste espaço nenhum mal sairá, e nele nenhum mal poderá entrar. A seguir a Sacerdotisa se posicionar no oeste e no final, no leste. Ela deve estar usando roupa estampada, de preferência com motivos florais.

Nesse cerimonial o oeste simboliza o ocaso, o fim de um período de vida. (No Egito o oeste era o ponto de partida para o morto dar início a sua jornada transportado pela barca da vida para o julgamento diante de Osíris e registrado por Thoth). Também diz respeito à morte e o renascimento do Sol, que após a sua morte diária (ocaso) fazia uma viagem noturna de barco até ressurgir no este no dia seguinte. O livro mais antigo sobre a viagem do Sol intitula-se “As Casas Secretas” que descreve as “Doze cavernas” pelas quais, o Sol passava de barca antes de renascer dia seguinte. Esse livro foi encontrado gravado no túmulo de Ramsés e descreve a viagem noturna do Sol passando por doze regiões correspondentes às doze horas da noite. Após passar pelas doze regiões ele renascia no este. Há um outro livro que surgiu no reinado de Seti I, que apresenta um mundo do além divido não em doze horas, mas em seis regiões, espécies de grutas fechadas por portas. O é atada por um fio vermelho que representa a transformação noturna do Sol.

Isso era descrito para a inicianda, mostrando-lhe que estava morrendo para um período de sua vida e um renascimento numa etapa seguinte.

O Leste no ritual simboliza o nascimento da fase de fertilidade da mulher. Esta é a direção de maior luz, de maior sabedoria e conscientização. A sua cor representativa é o amarelo do Sol e do céu na aurora.

Dentro do circulo mágico no oeste deve ser estabelecido um altar, que de preferência pode ser uma pedra . Não sendo isso possível pode ser usado um objeto qualquer, como uma mesinha ou mesmo uma cadeira, coberta de branco. Imediatamente, antes do inicio do ritual propriamente dito, pode ser feita uma oração de agradecimento às forças da natureza; recitados alguns mantras, ou mesmo uma música de enlevo espiritual. Depois da prece, todas as participantes devem se manter sentadas. Pelo menos durante 5 minutos todos devem meditar, pondo na tela mental a imagem de uma borboleta em metamorfose. Sentir que no universo tudo está em permanente transformação.

Inicio do cerimonial: As participantes se posicionam livremente junto à periferia do circulo mágico entrando pelo norte. Todas vestidas de roupas coloridas, estampadas, com predominância de tons vermelhos. Todas permanecem de pé. Uma das participantes serve uma taça (pode ser xícara ou copo de plástico, mas isso tira um pouco da beleza da cerimônia) de suco de uva (vermelho) deve estar totalmente vestida de branco e aguardando fora do circulo iniciático com os pés descalços , e no peito uma rosa branca (Rosa = símbolo da feminilidade e o branco simbolizando a inocência e a pureza) . Nenhuma das mulheres participantes deve estar de branco, de preferência usando vestes estampadas com predominância do vermelho. (padrão que mostra a complexidade do mundo complexo da vida adulta e o vermelho o sangue – a menstruação). (Os pés descalços visam o estabelecimento da união da Iniciada com a Mãe Terra).

A seguir uma vela branca é acesa e a inicianda é trazida até o norte do circulo iniciático por uma condutora que pode ser ou não a “madrinha” escolhida por ela. A inicianda penetra no circulo pelo Norte e já vem trazendo a vela acesa. Se a condutora não for a mesma madrinha então ela posiciona a inicianda junto à madrinha e se retira calmamente pelo oeste.

A inicianda e a “madrinha” permanecem de pé. PELO PODER DA DEUSA E DO DEUS, PELOS GUARDIÕES DOS QUATRO QUADRANTES, EU TRAÇO ESTE CÍRCULO SAGRADO. DESTE ESPAÇO NENHUM MAL SAIRÁ, E NELE NENHUM MAL PODERÁ ENTRAR.

A Esta pode ser a mesma que a conduzirá ao altar, ou uma outra. Trata-se de uma forma de homenagem à alguém. (Quando houver mais do que uma inicianda, elas são trazidas em fila e devidamente posicionadas no norte do circulo iniciático). Quando a inicianda entra no círculo mágico, todas as participantes se põem de pé. (O Norte é o quadrante representativa do elemento ar; ele penetra facilmente em mais lugares do que os outros três elementos) A Terra também é um grande símbolo da Deusa Mãe.

Postando-se diante da “madrinha” a inicianda recebe em suas mãos a bandeja com o “saquinho” (este já deve estar sobre a bandeja em mãos daquela que a conduzirá até a presença da Sacerdotisa), ou seja, a pessoa a quem cabe fazer a entrega do útero ritualístico à inicianda. De preferência que seja a própria mãe, ou, se não, por alguém do sexo feminino que a tenha criado, ou orientado até então. O ideal é que seja a mãe biológica, mas tem prevalência aquela foi sua amiga , a que a orientou, aquela a quem ela apelava nos momentos difíceis, que agiu como confidente, como amiga sincera, pois essa é a maior homenagem que uma jovem pode conceder a sua orientadora espiritual. Esta, ao entregar a bandeja solenemente a bandeja pode dirigir algumas palavras à inicianda, pode beijá-la na face (vale tornar o momento bem emocionante, para melhor fixar a imagem e dar força ao ato iniciatório).

A seguir a inicianda é conduzida do norte até o oeste onde está o altar e a “sacerdotisa” aguardando. Depois dessa fase preparatória, solenemente a inicianda é trazida, passo a pão oeste e colocada diante da Sacerdotisa – simbolizando Hathor. (Muitos detalhes podem ser acrescentados à iniciação). Aqui estamos apenas citando o que mais de fundamental deve ser feito.

A “Sacerdotisa” recebe a bandeja sobre a palma da mão esquerda e com a direita abençoa o “saquinho”, energizando-o. A seguir ela entrega à inicianda os primeiros objetos a serem introduzidos no “saquinho” os quais devem neles ser colocados pela inicianda, e que a seguir é fechado. Todos os participantes podem então se sentar.

Nos templos de Hathor no Egito a sacerdotisa se apresentava a caráter, com dois chifres com uma bola dourada entre eles, e postos sobre a cabeça.

Hathor também era representada por uma vaca com um globo ente os chifres, simbolizando a amamentação; vaca animal que cria os seus filhos e os humanos com o seu leite, por isso era um dos símbolos representativos da maternidade.

(Continuando a descrição):

As mulheres presentes devem se sentar enquanto a Sacerdotisa, ou outra pessoa indicada, faz uma preleção por alguns minutos salientando o que é o viver de uma criança, como é o mundo para ela, suas responsabilidades, as modificações corporais que estão ocorrendo, e que irão ocorrer, a responsabilidade de quem já pode engravidar e a responsabilidade tremenda desse ato. Comparar a vida de uma criança com a de uma mulher adulta. Nessa preleção o importante é que seja dada ênfase ao que ocorre em termos de transformação entre a vida infantil e a adulta; como se assemelha à metamorfose por que passa uma borboleta. Explica porque ela aguardou fora do círculo iniciático, que era um outro mundo, o da infância, e que agora ela penetrou no mundo das mulheres adultas.

No passado tudo sobre sexualidade e fecundidade, até a menstruação era tabu para ser falado com as meninas. Então era através dessa iniciação que elas tinham ciência das modificações que em breve iriam se operar em seus organismos. Dito sobre a menstruação, a fecundidade, etc. Como hoje tudo isso é livremente comentado e estudado nos colégios, então não tem mais razão para ser ensinado no ritual. Deve ser falado das responsabilidades de uma mulher, de uma mãe, o seu papel no lar e na sociedade. No Antigo Egito não existiam tabus sobre a sexualidade e sobre o organismo feminino. Inclusive não haviam tantos códigos restritivos sobre a vida sexual.

Nesse ponto do ritual é dito o que significa aquilo que no momento será colocado no saquinho. Por exemplo, o búzio, para representar a vagina; as contas vermelhas, granadas, pétalas de rosa, para representar a cor do sangue; o desenho de sua vulva em vermelho, para indicar o corpo físico; a espiral, indicando a evolução; uma cruz em vermelho, indicando a redenção que a menstruação traz para a mulher. É então dito como ela deve usá-lo, e que tudo aquilo que for significativo durante a vida fecunda deve ser colocado nele uma pequena amostra, ou um símbolo, ou um desenho, ou uma palavra gravada em um papel. É explicado que existe uma grande responsabilidade nisso, que se trata de um poderoso ato de magia. Deve ser dada ênfase à importância da menstruação, que é um processo de limpeza, um privilégio concedido às mulheres e não aos homens. Um fator de poder, um dos meio através do qual ela tem prevalência sobre o sexo oposto.

Tudo na magia tem polaridade exacerbada, tanto se presta para um lado quanto para o outro. Nela todo o poder está representado, por isso aquele que infringir as normas da magia, por certo, está sujeito a arcar com terríveis conseqüências. Por essa razão a mulher jamais deve contar os detalhes da iniciação, pode até, se necessário, dizer que fez a iniciação, mas sem narrar detalhes, especialmente o que ela sentiu e o que aconteceu além dos limites da ritualística. Jamais deve falar sobre a natureza do ritual para uma pessoa do sexo masculino, no máximo pode dizer que foi iniciada. Portanto, faça dessa encenação o seu grande segredo; embora, sem revelar detalhes ela pode ser mencionada para as colegas a fim de que elas também possam se interessar e vir a fazê-la e assim serem beneficiadas. Se por algum motivo a iniciada um dia desistir de ter o seu “útero iniciático”, então se desfaça dele, enterrando-o discretamente, e pronto. Não deixe cair em mãos estranhas, isso pode ser muito perigoso. Com magia não se deve brincar, pois o “feitiço pode cair sobre o feiticeiro”, como diz um velho ditado. Nesse momento todos ficam de pé. Uma quantidade grande de fumaça de um bom incenso deve ser produzido. A fumaça indica o “mundo que está se fechando”, se apagando. A vela branca deve, então, ser apagada ritualisticamente, para mostrar que o mundo infantil, a inocência da infância se exauriu. A rosa branca é entregue à Sacerdotisa que a desfaz em pétalas. É então acesa a vela vermelha, indicando que daí em diante ela passará a conviver mensalmente com o vermelho do sangue, não mais uma criança, mas uma mulher. A túnica branca será nesse momento substituída por uma estampada simbolizando a troca da vida pura e inocente e sem grandes responsabilidades de uma criança, pela vida complexa e responsável de uma adulta, de uma mulher que está apta para ser mãe e dar prosseguimento ao ciclo de vida.

A Sacerdotisa fala sobre o significado desta etapa ritualística, e sem seguida oferece uma taça de suco de uva para que a Iniciada o beba, simbolizando o sangue, o pacto dela com a menstruação.

Nesse momento a Iniciada recebe uma taça de suco de Uva, bebe-o solenemente. A Sacerdotisa coloca em no na Iniciada

O saquinho é então atado à cintura da inicianda por meio de uma fita vermelha, de forma que ele fique pendente na altura do útero.

No Antigo Egito, assim como entre os Celtas, era comum a inicianda receber presentes. Era comum receber um pingente, uma jóia com um rubi. Pode ser um simples anel de pouco valor pecuniário representando um algum símbolo inerente à Lua.

A Sacerdotisa apaga a vela e anuncia o término do ritual. Em fila indiana as presentes cumprimentam livremente a iniciada, que sairão naturalmente pelo lado Sul do Círculo Mágico.

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Na verdade este ritual é uma adaptação daquele que existia no Antigo Egito, complementado com rituais de alguns povos nativos em geral, e especialmente rituais célticos.

2 Ao iniciar um ritual, algumas pessoas começam o círculo pelo leste, outras preferem a maneira Celta e começam pelo norte. Na Tradição Celta, o norte é sagrado, pois é pelo norte que o guerreiro entra no círculo do conhecimento, e foi pelo norte da terra que os celtas vieram para a Europa. Uma forma de traçar o círculo é dizer: PELO PODER DA DEUSA E DO DEUS, PELOS GUARDIÕES DOS QUATRO QUADRANTES, EU TRAÇO ESTE CÍRCULO SAGRADO. DESTE ESPAÇO NENHUM MAL SAIRÁ, E NELE NENHUM MAL PODERÁ ENTRAR. Pode-se parar em cada quadrante e convidar os Elementais para entrarem no círculo. Antes de o ritual ser iniciado, o lugar em que é traçado o círculo deve ser varrido com a vassoura para eliminar qualquer negatividade. Mesmo assim, deve-se evitar realizar qualquer ritual em locais negativos. Na maioria das vezes, o círculo é traçado no sentido horário durante os Sabats e no sentido anti-horário para os Feitiços, em especial nos trabalhos para banir energias negativas. Dentro do círculo deve haver um símbolo em cada quadrante representando os quatro elementos: Água, qualquer objeto marinho, mesmo o sal para o sul. Alguma expressão do Fogo, por exemplo, uma chama, de uma vela para o leste. Terra, Um cristal, ou uma pedra, alguma expressão da Terra para o oeste. Ar Uma folha de árvore, ou uma pena, um penacho, para o norte-ar.

Segundo alguns rituais essa distribuição dos pontos cardeais e relação com os elementos variam, pois depende daquilo que se pretende obter. A associação dos elementos com os quadrantes não é um modelo fixo, apenas um padrão.



As conexões com os quadrantes varia muito de lugar para lugar, de tradição para tradição. Existe a associação "padrão" Norte-Terra, Sul-Fogo, Oeste-Água e Leste-Ar porque para os europeus:
. o Norte é a terra escura, misteriosa, de onde "vinham os deuses"
. o Sul é de onde vem o calor, pois é onde fica a linha do Equador para eles . o Oeste tem o oceano (água)
. o Leste traz os ventos do continente
Foi assim que eles fizeram essas relações. Nada impede que cada pessoa, tradição ou covem modifique isso de acordo com o lugar em que estão. Por exemplo, no Brasil faria mais sentido, seguindo as mesmas associações acima, o Fogo ao Norte, a Terra ao Sul, a Água a Leste e o Ar a Oeste. O que importa é manter as oposições: Terra/Fogo e Água/Ar.


3 Essa parte referente ao traçado do circulo mágico é idêntico em todas as cerimônias em que se fizer preciso o uso dele.

4 Isso no ritual celta, normalmente realizados em distintos lugares, e ao ar livre. Enquanto isso, nos templos de Hathor tudo já estava construído.

5 Nos rituais antigos era servido vinho tinto, mas o que interessa é o simbolismo da cor. Vermelho para simbolizar a cor do sangue. (A Iniciada não bebe).

6 De inicio ela deve ficar afastada, mas pode ser relativamente perto do cenário onde a iniciação terá lugar. É de bom alvitre que ela fique cercada por um circulo mágico, como forma de proteção.

7 Na verdade tods as presentes devem estar sem calçados.

8 Pureza no sentido da ingenuidade da criança. Nada tem a ver com moral, ou tabus, e nem com hímen. A vida natural e simples de uma criança com a complexidade da vida de uma mulher.

9 No textos originais não cita esse nome, como não há nenhum a que possamos nos referir, então usamos a palavra madrinha, que é recente, mas que dá uma boa idéia do seu papel.

10 Há muitas mães biológicas que não são amigas.

http://www.laerciodoegito.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=203:ritual-da-menarca&catid=56:o-sagrado-feminino&Itemid=118

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